Cinco, seis, sete e oito: o ritmo do jogo de tênis

Não se trata de uma coreografia! O título do texto pode até enganar, mas o tênis é muito mais complexo do que uma sequência de passos previamente ensaiados. O tênis está muito mais para uma dança na qual é necessário interpretar corretamente as diferenciações de marcação, pausa e intensidade.

Quem dança ou já dançou sabe que realizar as marcações e os passos fora do compasso da música é caricato, descontextualizado e deselegante; o parceiro fica perdido e tudo vira coreografia banal, sem envolvimento e graciosidade.
No tênis é a mesma coisa! Estar fora de sincronia, seja com o ritmo da sua raquete, com a movimentação do adversário ou com a bola, irá resultar em prejuízos para a qualidade do jogo. Mas, e então, o que fazer para atingir a maestria do ritmo? Você precisará começar a fazer aulas de dança e se tornar um Baryshnikov?

Primeiramente, parabenizo você leitor por jogar ou por ter planos de se iniciar nesta modalidade incrível que é o tênis, pois um dos benefícios ao aprender este jogo é a melhoria da sua capacidade de percepção, estreitamente relacionada ao ritmo.
Para que fique mais claro, só conseguimos organizar algo que sabemos estar fora de ordem; no tênis, significa perceber as diferentes fases da bola, seus voos e como devemos nos organizar para cada fase do jogo. Se não conseguirmos perceber estas nuances, não conseguiremos nos organizar. Portanto, pais, jogadores e treinadores, agora o desafio é ajudá-los a desenvolver o ritmo e fazê-los jogar melhor!

Você já aprendeu o Tic-Tac-Toc?
É essencial entender os voos e as fases de organização do golpe. São questões a serem pensadas: O que fazer no contato do adversário com a bola? O que fazer no momento em que a bola está atravessando a rede? O que fazer no momento em que a bola quica na sua quadra? O que fazer entre minha rebatida e a rebatida de meu adversário?

Ritmos da bola

Ritmo da movimentação

Ritmo da raquete

O tênis exige variações de intensidade, do ritmo rápido (corpo disposto, velocidade de reação e arranque para bola) para o lento (ajustes, apoios, equilíbrio). Se esse ritmo não é respeitado, provavelmente você chegará à bola tardiamente e desequilibrado. Perdeu o ônibus!

O ritmo da raquete vai depender da intensidade da bola recebida e da rebatida planejada. Um ritmo de golpeio do bate-pronto vai ser diferente de um golpe no qual a bola voa lenta e confortável. Ambos devem ser praticados, porém é muito interessante partir do princípio lento para a preparação da raquete e rápido para o golpeio , dessa maneira a raquete fica mais equilibrada e permite uma posterior aceleração de maneira relaxada.

A metodologia de ensino Tênis+ valoriza muitíssimo a variabilidade de manifestações corporais na dinâmica das aulas, assim como o desenvolvimento da percepção. Neste texto do Tennis Academia, blog parceiro do Tênis+, você pode entender um pouco melhor uma das estratégias utilizadas durante as aulas de tênis para o desenvolvimento dessas questões.
Em breve abordaremos o assunto ritmo mais voltado ao viés tático.
Até!

26 de abril de 2016 | Categoria: Benefícios, Tênis

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