Raquete infantil: como escolher o modelo ideal?

Quem já viu a alegria de uma criança com a sua raquete nova sabe o quão especial é este momento para elas. Os pequenos tenistas chegam nas aulas superempolgados, mostrando para o professor e para os colegas o novo presente e com uma vontade enorme de dar as primeiras rebatidas e testá-la nos jogos. A escolha de uma raquete nova é muito importante, e alguns cuidados devem ser considerados antes da decisão de qual modelo comprar, para que a alegria inicial não se transforme em frustração nas quadras devido à escolha de um modelo inadequado para a criança.

A cor da raquete, a marca e a associação do modelo com os principais jogadores profissionais são alguns dos aspectos que primeiro chamam a atenção das crianças e dos pais no momento da escolha, mas mesmo um bom modelo de raquete pode ser uma decisão ruim se as características não forem adequadas à idade, tamanho, peso e força da criança. Contar com a orientação e indicação de um bom professor de tênis é fundamental para a escolha correta do instrumento do nosso esporte.

Se há poucas décadas as raquetes e materiais específicos para as crianças ainda eram novidades no mercado do tênis, hoje é possível encontrar grande variedade nas linhas de equipamentos de todas as principais marcas. As principais variações são em relação ao tamanho e ao peso da cabeça da raquete; a medida padrão de tamanho costuma ser em polegadas. Veja na tabela abaixo as diferentes classificações e para qual idade e altura da criança cada uma delas é indicada:

Como existe uma grande variação de tamanho e força para cada criança, pode ser que a raquete adequada seja diferente da indicação padrão para a sua idade cronológica. Se a criança for mais alta e forte do que a média da idade, ela pode usar uma raquete de tamanho superior — assim como o contrário, no caso de crianças menores. Verifique se a raquete não toca o chão quando a criança, em pé, estica o braço com a raquete para baixo; veja também se a criança consegue manusear com facilidade a raquete, com uma e com as duas mãos, utilizando as duas faces da raquete.

Para as crianças que fazem aula no minitênis (até 6 anos), as raquetes devem ser bem coloridas e atrativas, pois as brincadeiras e atividades apropriadas para esta idade farão com que a criança entre num verdadeiro mundo de fantasia, onde a raquete pode se transformar em vários objetos, animais e personagens. Raquetes com diferentes cores em cada lado podem ser uma boa estratégia para facilitar a identificação das faces apropriadas para o forehand e o backhand (apresentados de forma lúdica e fácil para a criança).

Já nos níveis de iniciação, a partir dos 7 anos de idade, as raquetes vão evoluindo para que os tenistas sejam capazes de jogar bem com o tipo de bola e tamanho de quadra apropriados para cada etapa. Muitas raquetes de 26”, os chamados modelos “júnior”, já têm composições e tecnologias bem parecidas com as utilizadas nas raquetes oficiais dos adultos.

A partir dos 12 anos, com tamanho e força adequados, a criança pode jogar com modelos de adultos, de preferência iniciando com as opções de raquetes mais leves.

Seguindo essas indicações, a criança passará pelas fases de aprendizado e desenvolvimento de forma adequada, evoluindo de forma mais fácil e com maiores chances de aprender, desde o início, as técnicas e táticas do tênis que serão utilizadas nas fases mais avançadas.
Por último, mas não menos importante, procure criar na criança a consciência da importância e do merecimento de ganhar uma nova raquete, que deve ser recebida com responsabilidades, cuidados e boa conduta dentro e fora das quadras. Uma criança que cuida e utiliza bem o material, que tem zelo e sabe o valor (não apenas financeiro) de uma raquete, será educada e preparada para ser um tenista e uma pessoa melhor.

08 de junho de 2017 | Categoria: Tênis, Treinamento

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