Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou por lá?
Acredito que a língua inglesa. Não tive oportunidade, quando mais jovem, de desenvolver muito o idioma. Então, nas provas e no começo da vida universitária, foi muito “na raça”. Senti muita falta também dos familiares e de amigos, especialmente nos primeiros três meses. A rotina fez falta. Contudo, após alguns meses tudo começou a fazer sentido. Acredito que me adaptei rápido ao estilo de vida por lá, comida, vida social, estudos — enfim, o ambiente em que estava inserido.
O que você aprendeu com essa experiência?
Aprendi que a gente é muito mais forte do que imagina. Nossa capacidade de adaptação é fantástica. Não podemos desistir logo na primeira dificuldade, pois é com isso que subimos mais um degrau na escada. Mas viver seis anos lá trouxe diversas habilidades, como a língua, a capacidade de adaptação, de cuidar sozinho de si mesmo — desde cozinhar, lavar as roupas, cuidar da casa, se tratar em condições enfermas, enfim, toda essa bagagem de vida. E um ponto muito importante que gosto de considerar é o networking: você conhece pessoas do mundo inteiro ali e isso pode abrir diversas portas.
Como está sendo a vida profissional depois da graduação? Ter estudado nos Estados Unidos vem te ajudando?
Sem dúvida, todos que olham o CV colocam essa experiência como destaque. Isso ajuda muito na triagem dos processos seletivos. Obviamente, depois você precisa performar para obter a vaga e, inclusive, para mantê-la. Mas se você levou a sério a experiência lá fora, não vejo como não performar além do esperado, pois bagagem não será o problema.