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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/tenismais/www/wp-includes/functions.php on line 6114No primeiro texto desta série vimos que, para manter o equilíbrio emocional durante as partidas, é necessário que o tenista consiga aceitar seus erros. Sim, cometer erros — principalmente os não forçados — pode ser muito frustrante. Na maioria das vezes, errar significa perder o ponto; se o ponto perdido for um ponto importante — como um break point (ponto que pode definir um game a favor do recebedor), por exemplo —, a mente do tenista pode cair na armadilha do “se eu tivesse”:
“Se eu tivesse feito aquele ponto eu teria quebrado o saque do meu adversário e agora estaria 5 a 2 e eu teria a chance de fechar o jogo com o meu saque; mas agora está 4 a 3 e, se eu não conseguir confirmar meu saque, o jogo vai ficar empatado e não sei se terei de novo a chance de quebrar o saque dele … e aí, se eu sacar com 4 a 5, não sei se consigo salvar o jogo…”
É muito difícil que um jogador com esses pensamentos na cabeça se mantenha firme na liderança da partida e não sucumba à pressão do momento. Portanto, além de aceitar seus erros, o jogador de tênis precisa conseguir deixar o que passou para trás.
Existe um aspecto muito curioso no tênis: há apenas um ponto na partida que não pode ser perdido, o match point (ponto que pode definir o jogo). Todos os outros pontos oferecem aos jogadores uma oportunidade de recuperação. O que nos leva a um outro lado de deixar o passado para trás: além de se desapegar dos seus erros, o tenista precisa deixar para trás seus acertos e seus bons momentos também.
Não importa se o primeiro set foi 6 a 0 e agora está 5 a 1 no segundo; ainda assim é preciso ganhar o último game e, principalmente, o último ponto — o famoso match point. Neste caso de fechar o jogo, a armadilha que ronda a cabeça dos tenistas é o “agora é só”:
“Agora é só eu confirmar este game que eu ganho o jogo!”
Este pensamento é muito perigoso, pois, no caso de não ser confirmado, pode acionar a nossa já conhecida armadilha “se eu tivesse”:
“Se eu tivesse confirmado o último game eu já teria vencido o jogo; agora meu adversário está ganhando confiança e eu estou ficando cansado e ele está cheio de energia e eu estou com medo de não conseguir vencer esta partida.”
No tênis, assim como na vida, não podemos mais interferir no passado — e é muito importante não permitirmos que o passado interfira no nosso presente. Também não temos garantia alguma a respeito dos acontecimentos futuros. O que podemos fazer é agir no momento presente, entregues de corpo e alma, confiantes em nossa estratégia no jogo e em nosso propósito na vida.