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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/tenismais/www/wp-includes/functions.php on line 6114Agora que conhecemos as regras básicas do tênis e algumas situações que acontecem durante uma partida, chegou o momento de nos familiarizarmos com o “palco” do nosso esporte: a quadra de tênis.
O tênis é uma das raras modalidades em que é possível disputar o mesmo jogo em diferentes superfícies de quadra sem que, para isso, sejam criadas novas categorias independentes (como acontece, por exemplo, com o vôlei ou com o futebol).
Um fator nunca varia numa quadra de tênis oficial: as suas dimensões. A quadra de duplas é maior em relação a individual, sendo delimitada pela linha externa.
Existem três tipos principais de superfícies para a prática do tênis: quadras de piso duro (rápida), de saibro e de grama. Conheça com mais detalhes cada uma delas e as principais diferenças:
Quadra de saibro (clay court):
É na quadra de saibro em que o tenista se desloca de modo mais particular, pois o pó da sua superfície permite que o jogador consiga deslizar na quadra para golpear a bola. Ainda, o atrito da bola com o solo é maior e, portanto, possui um quique mais alto e menor velocidade. Também possibilita que o efeito de top spin (efeito em que a bola sai da raquete com grande rotação para frente, provocando uma trajetória em forma de parábola) seja potencializado. Tudo isso faz com que o jogo fique mais lento e com mais trocas de bola.
Composição: feita de terra batida e coberta com uma camada de pó de telha.
Pontos positivos: é uma quadra menos custosa para se construir.
Pontos negativos: exige manutenção constante (molhando e passando o “vassourão” para espalhar e deixar o saibro uniforme).
No cenário do tênis: é o tipo de superfície mais tradicional na América do Sul e na Europa; o calendário de torneios no saibro é bastante extenso, e o principal torneio é o de Roland Garros, que consagrou o maior tenista brasileiro de todos os tempos, Gustavo Kuerten, que venceu esse Grand Slam em três ocasiões. Favorável aos tenistas: bons jogadores de fundo de quadra.
Curiosidade: além do saibro convencional (vermelho), foram lançados no mercado o saibro verde (Har-Tru), com partículas/pó de pedra, e o saibro azul. Este último, famoso pela crítica negativa de tenistas como Nadal e Djokovic no Masters 1000 de Madri (2012). Nesse ano, a organização aderiu ao saibro azul alegando benefício especialmente para os espectadores da TV, devido à melhor visualização de jogo e maior contraste com os movimentos da bolinha amarela de tênis.
Tenistas de destaque: Rafael Nadal, Novak Djokovic e David Ferrer.
Quadra de grama (grass court):
Na quadra de grama o jogo é caracterizado como rápido e com menos trocas de bola. Como o atrito da bola na grama é menor, a bola perde pouca velocidade e o quique fica mais baixo. Irregularidades na quadra também podem mudar a trajetória da bola repentinamente.
Composição: seu piso é natural (terra), com grama densa e baixa, que não pode ultrapassar a altura de 8 mm.
Pontos positivos: baixo impacto para as articulações.
Pontos negativos: apesar de ser um piso tradicional no tênis, as quadras de grama estão cada vez mais raras, principalmente por causa da dificuldade na sua manutenção e alto custo.
No cenário do tênis: o único principal torneio na grama é o de Wimbledon, na Inglaterra.
Favorável aos tenistas: jogadores agressivos, bons sacadores e voleadores.
Curiosidade: o primeiro campeonato de Wimbledon ocorreu em 1877, sendo o torneio de tênis mais antigo.
Tenistas de destaque: Roger Federer, Andy Murray, Venus Williams e Serena Williams.
Quadra dura (hard court):
Em função do piso liso, o quique da bola é mais regular e previsível do que nas quadras de saibro e de grama, e a velocidade da bola depende da espessura da camada de borracha e do quão áspera é a superfície da quadra (quanto mais áspera, maior é o amortecimento e menor é a velocidade da bola). A velocidade do jogo varia entre média e rápida.
Composição: costumam ser construídas com várias camadas de diferentes materiais (piso asfáltico ou concreto, borracha e camada de acrílico, por exemplo), o que causa diferenças de características entre uma quadra e outra.
Pontos positivos: não necessita de muita manutenção. Também é o piso mais prático para ser usado em ambientes cobertos.
Pontos negativos: alto impacto para as articulações e piso muito quente quando em altas temperaturas.
No cenário do tênis: é o tipo de quadra mais comum nos Estados Unidos. Dois Grand Slams são disputados em quadras duras, os Abertos da Austrália e dos Estados Unidos.
Favorável aos tenistas: jogadores com características de jogo mais versáteis e completas costumam se dar bem nas quadras duras.
Curiosidade: o arquiteto Krzysztof Kotala tem planos para construir em Dubai a primeira quadra submersa. O projeto (de quadra dura) inovador terá um custo altíssimo e pode chegar até U$ 2,5 bilhões.
Tenistas de destaque: Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka.
Como podemos perceber, a variedade de superfícies em que o tênis pode ser praticado é mais um atrativo da nossa modalidade, pois faz com que jogadores com diferentes características físicas, virtudes técnicas e preferências táticas tenham vantagens e desvantagens em cada tipo de quadra, aumentando ainda mais o desafio e o estímulo para que os tenistas se desenvolvam e melhorem em todos os aspectos que envolvem o jogo.
E você, em quantos tipos de quadra já jogou? Qual superfície é a sua preferida? Você muda de estratégia em cada tipo de quadra ou joga da mesma forma em todas? Perceba essas diferenças na prática e nos conte, nos comentários abaixo, as suas experiências! Bons jogos e até o próximo artigo!